Espondilolistese é o deslizamento de uma vértebra sobre a vértebra de nível seguinte, no sentido anterior, posterior ou lateral, provocando um desalinhamento da coluna, o que geralmente ocasiona dor ou irritação de raiz nervosa, com seus sintomas correspondentes, tais como alterações da sensibilidade, formigamento, dormência, etc.
Segundo a etiologia, as espondilolisteses podem ser divididas em:

  1. Displásica: malformação congênita que afeta a porção superior dosacro ou do arco da quinta vértebra lombar (L5).
  2. Ístmica: quando afeta o istmo vertebral.
  3. Degenerativa: quando ocasionada pelo processo degenerativo próprio do envelhecimento.
  4. Traumática: ocasionada por um traumatismo que atinja a coluna vertebral.
  5. Patológica: quando ocasionada por alguma patologia que atinja a coluna vertebral.

Quanto ao grau do deslizamento, ela costuma ser classificada em:

  • Grau I: de zero a 25%.
  • Grau II: de 25% a 50%
  • Grau III: de 50% a 75%
  • Grau IV: de 75% a 100%.
  • Grau V: ptose vertebral. Esse deslizamento é mais comum nos níveis mais baixos da coluna, que são os que suportam os maiores pesos (geralmente entre a quarta e quinta vértebras lombares – L4 e L5.

TRATAMENTO DA ESPONDILOLISTESE

 Conservador 
A maioria dos pacientes apresentam melhora da sintomatologia com o tratamento conservador onde  realiza-se o fortalecimento da musculatura do tronco ( abdominal, oblíquo e musculatura das costas ). Diariamente esses exercícios devem ser realizados.
O uso de medicações analgésicas e antinflamatórias no processo agudo. Pode-se também usar por curtos períodos órteses que ajudam no controle da dor.

Cirurgia
Indicada na falha do tratamento conservador com persitência da dor nas costas ou dor irradiada para os membros inferiores. Também na progressão do grau de escorregamento.
Na faixa etária abaixo dos 18 anos há indicação quando o escorregamento é muito severo independente da sintomatologia do paciente
Técnicas
Abordagem anterior com uso de Cage e placa. Abordagem posterior com o uso de descompressão e estabilização com parafusos pediculares. Em graus severos pode-se indicar a estabilização combinada via anterior e posterior.
 
 
 

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