A origem de Espondilolistese vem do grego spondilos, que significa vértebra, e olisthesis, que significa luxação ou escorregamento. Traduzindo, então, é uma luxação na vértebra, a ocorrência de um escorregamento ou a luxação de um corpo vertebral sobre o outro, um desalinho na coluna vertebral ou espinha dorsal – dá a sustentação corporal – que pode ocorrer em crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos.

Quais são os tipos, causas e graus da lesão da Espondilolistese?

Temos a espondilólise e a espondilolistese

  • Espondilólise é um desgaste ou uma fratura em uma pequena parte da coluna vertebral “pars interarticularis”. É a fase inicial da lesão, que se não tratada pode levar à espondilolistese.
  • Espondilolistese é o agravamento da situação, com o escorregamento e deformação da coluna, capaz de provocar uma pressão nervosa tamanha com dores fortes e até dificuldade para se movimentar, podendo se tornar absolutamente incapacitante.  

O tipo e a causa dependem do grau da condição ortopédica das partes interarticulares da região afetada.

Os tipos/causas mais comuns são:

  • Displásica:  relacionado a defeitos de formação / congênita / desenvolvida na gestação.
  • Ístmica: relacionado a um defeito vertebral por estresse mecânico (comum em crianças e adolescentes) / movimentos repetitivos podem estressar a articulação.
  • Degenerativa: provocada por alterações da coluna ao longo do processo de envelhecimento / pode advir de condições congênitas e doenças na composição cartilaginosa.

Já os tipos/causas secundários ou menos frequentes são:

  • Traumática: provocada por tombos, pancadas, traumas e acidentes.
  • Patológica: relacionado a tumores, doenças reumáticas / enfraquecimento do tecido intervertebral. 
  • Pós-operatório da coluna.

Praticar exercícios físicos ou esportes é muito importante para a saúde, contudo, não pode ultrapassar o limite de cada indivíduo, pois poderá provocar uma importante lesão vertebral.

Os graus da lesão referem o percentual de sobreposição de uma vértebra à outra:

  • I: de 0 a 25%.
  • II: de 25% a 50%.
  • III: de 50% a 75%.
  • IV: de 75% a 100%.
  • V: vértebra totalmente fora do eixo.

E quais são os sintomas da Espondilolistese?

O portador de espondilolistese sente dor lombar, ciática, e depressões da pele nessa região

Também apresenta contratura muscular posterior da coxa, o que pode dificultar a prática de exercícios e o simples caminhar, com uma dor intermitente que irradia para os membros inferiores. Estes são os sintomas mais comuns.

E não tão comuns, mas tão importante como os citados acima, pode acometer o paciente com uma dor noturna forte, a ponto de atrapalhar o sono. O indivíduo perde a força e até mesmo a sensibilidade os membros inferiores. E mais, pode até provocar emagrecimento.

Vale ressaltar que qualquer pessoa pode sentir uma dor lombar ao longo da vida, entretanto, se essa dor for persistente e a pessoa sentir que ela irradia para os membros inferiores, como se espalhasse, é impreterível que procure um médico para diagnosticar e tratar adequadamente.
A espondilolistese é geralmente detectada por meio de radiografia, podendo ser solicitados exames complementares como a tomografia computadorizada e a ressonância magnética.

Como prevenir e qual o tratamento?

Antes de falar sobre o tratamento em si, é importante ressaltar a prevenção, ou seja, ao menor sinal de dor lombar persistente, o médico deve ser procurado com urgência para o diagnóstico e tratamento, porque a demora implica em elevação do grau da luxação e dor, podendo acarretar perda sensitiva e motora gradativa. 

Inicialmente, não há um tratamento complexo para as dores lombares, geralmente são administrados analgésicos, relaxantes musculares e anti-inflamatórios. Nos casos mais simples, o portador de espondilolistese precisa mudar alguns hábitos em relação às suas atividades físicas, há restrições para evitar danos acentuados, também pode ser indicado o uso de órtese lombar. 

Conforme o grau do escorregamento ou luxação, da dor lombar e/ou radicular provocada, podem ser associados aos medicamentos uma série de sessões de fisioterapia, terapias de reforço muscular, infiltrações até mesmo procedimentos ambulatoriais ou cirúrgicos, em casos mais graves.

Procedimento cirúrgico? Então é grave?

Como mencionado, se o indivíduo não deixar para depois e procurar um médico aos primeiros sinais, o tratamento é mais rápido, mas se deixar passar pode sim se agravar. 

Esse escorregamento de uma vértebra sobre a outra é chamado espondilolistese e pode ocorrer em vários sentidos, isto é, para frente (anterolistese), para trás (retrolistese) ou para o lado (deslizamento lateral) e isso pode, de fato, provocar um acentuado desalinhamento da coluna. 

E se esse processo tem uma piora progressiva, passa a causar uma instabilidade tamanha que provoca dor e outros sintomas que se não tratados precocemente, antes dessa piora, o melhor caminho acaba sendo a cirurgia, principalmente quando o paciente passa a sofrer uma disfunção neurológica, ou seja, fraqueza e dormência nos membros inferiores, inclusive disfunções intestinais e da bexiga. Como se pode ver há um grande desdobramento, se o paciente não der a devida atenção ao próprio corpo.

A cirurgia minimamente invasiva provocará descompressão, fortalecimento e estabilização da coluna, impedindo o deslizamento do corpo vertebral para manter a coluna alinhada e equilibrada. 

Saiba mais sobre: Cirurgia minimamente invasiva – Médico Jorge | Especialista em Coluna | Porto Alegre e Lajeado

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